Terapias e Tratamentos

TOD

(Transtorno Desafiador de Oposição)

Quem de nós nunca se deparou com uma criança extremamente opositiva, desafiadora, que discute por qualquer coisa, que não assume seus erros ou responsabilidades por falhas e que costuma sempre se indispor com os demais de seu grupo ou de sua família de maneira a demonstrar que a cada situação será sempre difícil convencê-lo, mesmo que a lógica mostre que suas opções estão evidentemente equivocadas?

Se você conhece uma criança assim, ela pode vir a ser classificada como um transtorno quando o comportamento agressivo se torna desproporcional. Provavelmente ela tem Transtorno Opositivo-Desafiador.

Tal quadro leva a severas dificuldades de tempo e de avaliação para analisar regras e opiniões alheias e intolerância às frustrações, levando a reações agressivas, intempestivas, sem qualquer diplomacia ou controle emocional. Essas crianças costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos de amizades. Não raro, sofrem bullying e são retiradas de eventos sociais e de programações da escola por causa de seu comportamento difícil. Os pais evitam sair ou passear com elas e muitas vezes as deixam com parentes ou em casa. Entre os irmãos, são preteridos, mal falados e considerados como “ovelhas negras” tratados, assim, diferentes e mais criticados pelos pais.

Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos
A associação com TDAH é frequente (50% dos casos), deve ser observada e investigada em todas estas crianças para que sejam tomadas as medidas necessárias, a fim de prevenir problemas de aprendizagem e baixo rendimento escolar. O ambiente doméstico costuma ser conturbado, com pais divergentes quanto ao modo de educar e conduzir o (a) filho (a) e de como estabelecer parâmetros, mas evidências mostram que existem fatores genéticos e neurofisiológicos predispondo o seu desenvolvimento.
Quais são as causas do TOD?
Há fatores genéticos e do ambiente, como quando a criança não tem uma rotina de disciplina ou que não foi ensinada a se frustrar. Há quatro tipos de pais: os negligentes, os permissivos e os autoritários, que não dão suporte emocional para as crianças, e os autoritativos, que conseguem equilibrar, na hora de dar um comando, a compreensão do sofrimento da crianças e as formas de dar disciplina e limites sem humilhar nem ser permissivo. Os três primeiros são extremistas e, se têm um filho com predisposição, podem intensificar o quadro. Também é importante lembrar que nem sempre o transtorno aparece em uma criança típica, ele vem com outras condições, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) ou outros transtornos, como autismo e transtorno bipolar. É importante que todo profissional avalie a possibilidade de a criança ter esses transtornos.

O tratamento desta condição é multidisciplinar e depende de três eixos: medicação, psicoterapia comportamental e suporte escolar. A medicação auxilia em boa parte dos pacientes e melhora a auto-regulação de humor frente às frustrações; a psicoterapia deve centrar em mudanças comportamentais na família com medidas de manejo educacional (dar bons exemplos, dialogar com a criança, ter paciência ao falar, explicar o motivo das ordens dadas, etc.); e, em relação ao suporte escolar, deve-se oferecer apoio, reforço e abertura para um bom diálogo, pois esta abertura melhora o engajamento do aluno opositor às regras escolares e a se distanciar de maus elementos.

Fonte: https://institutoneurosaber.com.br/entenda-o-que-e-o-transtorno-opositivo-desafiador-tod/

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