SANTOS, V. T. R.
Psicologia – Rio de Janeiro

Introdução: A Psicologia, um campo de saber ainda em processo de construção dentro do âmbito do atendimento domiciliar, chama atenção para a importância da escuta terapêutica, tanto dos pacientes e a equipe multiprofissional quanto, e principalmente, dos cuidadores esses particularmente vivenciando um corte em sua rotina e dinâmica de vida. Os pacientes e suas famílias, assistidos pelo atendimento domiciliar, apresentam peculiaridades próprias que devem ser avaliadas, destacadas e respeitadas por toda equipe multiprofissional.

Objetivos: Identificar o tipo de necessidade psicológica e atendimento a ser prestado para a equipe multidisciplinar e para os pacientes e cuidadores.

Métodos: Mensalmente são realizadas visitas domiciliares, no intuito de promover acolhimento a esses cuidadores e trabalhos de conscientização com a equipe multidisciplinar.

Conclusão: As famílias amparadas por um atendimento domiciliar tendem a apresentar um alto grau de complexidade. A transformação na organização e na dinâmica da família impacta e desestabiliza essa estrutura caseira –, e em alguns casos chega a corroer essa organização doméstica –, provocando uma repercussão direta ou indireta na homeostase do paciente. Um bom trabalho em equipe se dá quando todos estão integrados no que tange ao bem-estar do paciente, mas também, quando saem do lugar do ‘“saber”’ e passam a ver o paciente de forma humanizada – e não somente como um corpo biologicamente enfermo. Fazer a equipe de saúde entender as possíveis posições adotadas pelos pacientes e seus cuidadores, todas as vertentes, vantagens e insatisfações geradas por cada momento dessa internação tornará mais fácil vivenciar a dinâmica de cada home care.