A DEDICAÇÃO DO CUIDADOR EM UM HOMECARE PEDIÁTRICO
Assistência Domiciliar Prontobaby – Hospital da Criança/ Rio de Janeiro
Introdução: O sofrimento humano pode/deve ser medido? Quando tentamos determinar a grandeza de uma dor, esbarramos em uma esfera de subjetivação inelegível, impalpável, fora do real. Vários métodos têm sido utilizados para mensurar uma dor física, mas como dimensionar uma dor psíquica? E como entender a extensão da dor de um Cuidador? E quando se fala em Cuidador pediátrico?Quando o ser se vê envolto em uma situação em que sua vida é impactada de tal forma que há uma marca, um corte na vida do sujeito, a questão intrínseca na circunstância se deflagra no parar ou seguir em frente. Se dedicar única e exclusivamente aquela criança que agora assume uma condição de atendimento domiciliar, ou adaptar-se a essa nova rotina e dar uma continuação a vida da melhor maneira possível?Parar ou seguir em frente?
Objetivo: Entender o confronto psíquico dos cuidadores pediátricos.
Método: Levantamento numérico na base do atendimento domiciliar do PRONTOBABY- Hospital da Criança.
Conclusão: Em junho de 2012 em um total de quarenta crianças, temos que trinta e um são cuidadas pela mãe, uma cuidada pelo pai, três cuidadas por avós e cinco cuidadas por cuidadores contratados. Desses, vinte e seis crianças são criadas exclusivamente por seus cuidadores, ou seja, baseado no critério do Cuidador doméstico, ou Cuidador que não efetua nenhum labor remunerado, 65% de nossas crianças recebem acompanhamento exclusivo de seu Cuidador principal. Portanto, o acompanhamento psicológico é de extrema importância nessa vivência, uma vez que a maioria dos cuidadores pára completamente sua vida para dedicar-se exclusivamente a criança e suas necessidades, abrindo mão na maioria das vezes de sonhos, objetivos e de sua própria vida.